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IVANIH BIANCO
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Ser esoterista é viver de coração a coração. É perceber o lado oculto de todas as coisas; no Universo, nas religiões, nas filosofias, na Poesia, na Arte, em todos os reinos da natureza, no homem e em Deus.
Etimologicamente o termo esoterismo deriva do grego esotérikos, “interno”, “oculto”, em contraposição a exotérikos (exotérico), "externo", "público". Antigamente, esotérico era o que se ocultava à generalidade das pessoas e se revelava somente aos "iniciados"; ao passo que exotérico era o que se podia mostrar ao público.
Modernamente, esoterismo é uma filosofia ou doutrina que, por sua unidade e generalidade, transcende todos os dogmas e todas as formas, em busca do sentido mais racional e inteligível da vida, e de seus fenômenos e poderes latentes, para esclarecer e conciliar os múltiplos aspectos da verdade. Em outras palavras, esoterismo é o significado mais profundo das coisas, que geralmente escapa à percepção superficial do indivíduo.
Todas as antigas e verdadeiras religiões, como também numerosas das antigas escolas ou sistemas de filosofia, tiveram o seu lado esotérico, reservado aos "eleitos", e o exotérico, destinado à massa popular.
O Cristianismo primitivo também oferecia esse duplo aspecto, pois os ensinamentos de Cristo se caracterizaram por uma parte pública e outra secreta, como o atestam estas palavras a Seus discípulos: “... a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado... Por isso lhes falo em parábolas, porque eles, vendo, não vêem, e ouvindo, não ouvem nem compreendem". (S. Mat. 13: 11 e 13).
De igual modo se expressaram os evangelistas S. Marcos e S. Lucas: "E sem parábola nunca lhes falava, porém tudo declarava em particular aos seus discípulos” (S. Marcos 4:34).
O próprio Universo está constituído sob duas formas: a visível e a invisível. Não há sol sem sombra.
Em todas as religiões, a construção do Universo é apresentada sob o mesmo ponto de vista oculto, esotérico; no entanto, cada religião a reveste de uma determinada forma, criando, mesmo entre elas, idéias antagônicas e muitas vezes desconcertantes, ininteligíveis ao homem desejoso de encontrar a verdade.
O Universo é o campo de manifestação das almas que nele habitam, todas vivem sob a força e o calor do “Deus Sol", o Logos, ou Verbo dos gregos, Deus, Brama, Osíris, Alá, etc..., nas várias religiões. Todas o conhecem exotericamente, revestido de Sua gloriosa forma, emanador de vida e sustentador de formas por ele criadas.
Há, porém, uma vida oculta em toda manifestação, só perceptível a "quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir".
Há uma Luz poderosa além da forma, que comunga com o sol individual, o deus interno residente no coração de cada ser humano, e vive em toda a criação. Há um som que se espalha por toda a atmosfera, audível apenas aos que têm "ouvidos para ouvir"; e uma nota musical se destaca do conjunto harmonioso da criação e encontra eco em cada ser humano, pois nele vibra internamente a harmonia universal. Este deus interior no homem é a sua força esotérica. É a sua visão real, liberta de toda forma, a mostrar-lhe o caminho para a Verdade e para a Luz. Na manifestação exotérica do Universo, vemos a beleza de seus sóis estrelando o céu sobre nossas cabeças. Admiramos o encanto de suas águas, extasiamo-nos diante de suas montanhas, abrimos nossos pulmões, e a respiração nos põe em contato com a expiração e inspiração divinas quando, em meio das florestas, ouvimos o cantar dos pássaros e o rumorejar das águas. Mas, num tremendo arco-íris de cores resplandecentes para o verdadeiro azul, todas essas belezas desaparecem e a parte esotérica do Universo se manifesta ao nosso olhar sutil, o olhar daquele que "tem olhos para ver e vê”.
No presente estágio de nosso desenvolvimento, sem dúvida, a maior parte da natureza é inteiramente desconhecida da humanidade porque esta ainda não desenvolveu senão em proporção insignificante as faculdades que possui.
O que vemos no mundo que nos cerca está longe de representar tudo o que há para ver, e um homem que se der ao trabalho de cultivar os sentidos verá que na medida em que progredir, a vida para ele se tomará cada vez mais plena e mais rica.
Como é lindo viver esotericamente. A palavra esoterismo tem sido destituída de seu real significado. Muitos lhe dão o sinônimo de mentalismo, outros de magia, e alguns a deturpam, emprestando-lhe significados, atributos ou poderes completamente infundados.
Ser esoterista é viver de coração a coração. É perceber o lado oculto de todas as coisas; no Universo, nas religiões, nas filosofias, na Poesia, na Arte, em todos os reinos da natureza, no homem e em Deus. É perceber que a vida se reveste de uma forma transitória, porém é eterna: ela vai transmutando as formas e aperfeiçoando-as até sua unificação final com tudo e todos. E saber que não há separação real entre os dois pares de opostos; que a vida não é mais do que um eterno e contínuo vir-a-ser dentro dos limites do tempo e do espaço criados pela forma. É entrar no coração da vida, é fundir consciências, pois a consciência é una, separada somente pelas formas que a contém.
Tais verdades mostram-nos que todos os problemas e mistérios para nós, existem porque vemos uma parcela insignificante dos fatos em razão de estar a nossa visão confinada à parte inferior das coisas e como fragmentos isolados e sem conexão em vez de abranger a totalidade dos aspectos, como aconteceria se nos erguêssemos acima delas, situando-nos em uma posição de onde a perspectiva tornasse possível a sua compreensão como um todo.
Podemos ser esoteristas em nossa vida diária. Se a todos os momentos procurarmos entender e sentir a vida que se oculta nas formas que nos rodeiam, seremos brandos e não cruéis. Perceberemos que Deus se manifesta em toda forma, e que, fundidas nossas consciências com as dos nossos irmãos da terra, estaremos dando um passo além para a realização do real esoterista, que é trazer o céu para a terra por meio da verdadeira harmonia e verdadeira paz.
Texto do Jornal Corpo Mente
Feira de Santana – BA

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